“Por que nossa sociedade insiste em não percebeu que envelheceu?” - Afirma Pérola Melissa Viana Braga. No Estatuto da Família, temos inúmeros direitos adquiridos, e há várias súmulas de avanços em seus direitos; já no direito do idoso as expectativas de direito não acompanha certos avanços devido a vários aspectos, um deles o preconceito em relação aos idosos. Ele continua sendo parte da família e seus direitos não devem ser diferenciados. Não se trata de protecionismo, mas sim de manutenção de direitos que não devem ser desapropriados de ninguém com base num critério etário, pois velhice não é sinônimo de incapacidade civil. No Brasil, como em vários países do mundo, os idosos não exercem sua cidadania, ao contrário, na etapa da velhice existe um processo de expropriação de autonomia. A classe dos excluídos está cada vez maior, entre eles, os idosos. Na etapa da velhice é comum observarmos que a pessoas cercam os idosos frequentemente tem atitudes que contribuem com a perda de sua autonomia, uma delas é o asilamento. A família sobre o pretexto de cuidar e proteger o idoso, acaba decidindo por ele e tomando atitudes que tiram a sua liberdade. A consequência é que a pessoa acaba tornando-se totalmente dependente da família. Muitas pessoas tem dificuldade em perceber que a velhice é mais que uma simples sequência de anos e acontecimentos, a vida continua independentemente da idade. Enquanto a sociedade não se identificar como envelhecida, essa história não irá mudar. É evidente que o exercício da cidadania pelo idoso varia bastante de um país o outro, mas o Brasil é civilizado o suficiente para reconhecer a falta de ética e respeito que tem caracterizado o tratamento dado aos idosos. A nossa sociedade não é a mesma de 20, 30 anos atrás, a expectativa de vida do brasileiro vem aumentando a cada dia. Mas o maior problema da população envelhecer, não é exatamente o fato de o nosso país estar despreparado para receber e acolher inúmeros velhinhos, mas sim o súbito