Resumo “Posfácio: Conceituando o Gênero” de Heleieth Safiotti

Universidade Federal de Uberlândia
Faculdade de Educação
Disciplina: Sociologia da Educação
Aluna: Pollyana da Silva

Resumo do texto “Posfácio: Conceituando o Gênero” de Heleieth Safiotti

Uberlândia – novembro/2013 Helleieth Saffioti inicia o texto Posfácio: Conceituando o Gênero falando que no âmbito social não existem fenômenos naturais, pois tudo que o homem faz é mediado pela cultura. Embora esteja havendo uma ameaça de retorno às ideias retrógradas de que a biologia traça o destino, ou seja, a mulher é refém de sua natureza, muito se pesquisou a respeito nos últimos 30 anos e os resultados obtidos são suficientes para refutar essa afirmação machista, e reforçam que o homem e a mulher são construídos socialmente. Mulheres e homens não são iguais biologicamente, mas essa diferença não coloca o homem hierarquicamente acima da mulher. Para não cair na absolutização da diferença ou da igualdade, tem-se que os dois atribuindo o mesmo valor a ambos, pois eles são interdependentes, são faces da mesma moeda. O homem e a mulher se constituem nas diferenças, e são as semelhanças que os distinguem dos demais seres. As tecnologias de gênero, termo utilizado por Lauretis (1987), designa práticas sociais e culturais. Elas são desenvolvidas pelos aparelhos ideológicos do Estado, que influencia de forma sutil, mas também intensa, os aparelhos ideológicos privados. A desconstrução do gênero interfere em sua construção, o que significa poder desestabilizar suas representações. Lauretis situa o gênero em dois níveis, o da representação e o real. Para a autora, o gênero é tanto um constructo sociocultural quanto um aparelho semiótico, um sistema de representação que atribui significado a indivíduos dentro da sociedade. Os sujeitos históricos têm suas relações reguladas pelo gênero, mas este não é concebido como camisa de força. Pode se afirmar que para Lauretis o gênero apresenta um caráter substantivo, na