Resumo à cerca da economia do meio ambiente
No relatório de Brundtland [1987], a definição de desenvolvimento sustentável foi definida como “o desenvolvimento que garante atender as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender suas necessidades”. Todavia, enxergar o desenvolvimento apenas como um processo de satisfação de necessidade restringe muito a dimensão do problema. Daí o autor faz um link com o Nobel Amartya Sen, quando ele procura mostrar que o desenvolvimento requer a remoção das principais fontes de privação de liberdade: a pobreza e a tirania, a carência de oportunidades econômicas e a destruição social sistemática, a negligência dos serviços públicos e a intolerância ou a interferência de Estados repressivos. Segundo Amartya Sem, o desenvolvimento é um processo de ampliação das liberdades humanas, ou seja, de expansão de escolhas que as pessoas têm para terem vidas plenas e criativas. Os benefícios do crescimento econômico devem servir à ampliação de no mínimo quatro capacidades humanas mais elementares: ter vida longa e saudável, ser instruído, ter acessos aos recursos necessários a um nível de vida digno e ser capaz de participar na vida da comunidade. A questão do desenvolvimento sustentável está relacionada a possibilidade de que as gerações futuras continuem o processo de expansão das liberdades, segundo Sen.
A armadilha da métrica monetária: O argumento dos economistas para mostrar a insignificância relativa dos recursos naturais se baseia sempre na importância em relação ao PIB. Porém, o PIB não é um bom indicador de crescimento econômico. Por exemplo, a importância da agricultura é medida pela sua porcentagem do PIB. Isso faz com que se menospreze a importância e a singularidade da agricultura ao considerá-la apenas como uma pequena parcela do PIB. Os setores da indústria e serviços dependem das atividades econômicas do setor primário como agricultura e mineração.