Resumo Ética e Estética e Urbanismo
A questão da ética e da estética no meio ambiente urbano ou porque todos devemos ser belezuras (1)
Issao Minami e João Lopes Guimarães Júnior
A história da humanidade é, na verdade, a luta do homem pela sua sobrevivência. E, o seu primeiro grande desafio esteve sempre voltado a compreensão domínio do seu ambiente natural. No entanto, este binômio população-meio ambiente, mesmo sendo uma relação muito antiga, nem sempre foi devidamente percebido e analisado. Esta relação tem se alternado, através do tempo, no que se refere ao domínio de uma das partes sobre a outra e à importância dada a cada uma delas. Talvez, em busca de um difícil equilíbrio.
Nesse sentido, a discussão sobre qualidade de vida, qualidade de vida urbana e qualidade ambiental urbana tem recebido contribuições das mais diversas que alteram os valores e os parâmetros de julgamento qualidade ambiental urbanas. Ao acrescentarem-se elementos referentes ao ambiente construído para compor o quadro do significado de qualidade ambiental urbana, vários outros níveis de subjetividade se apresentam. As impressões que as pessoas têm sobre a cidade, ou um local em particular, são mais do que visuais. A cidade oferece uma quantidade imensa de sensações. As memórias, odores, esperanças, multidões, lugares, edifícios, o drama da vida e da morte, que a compõem, afetam cada pessoa, diferentemente, conforme sua formação e vivência. Cada indivíduo constroe a sua própria imagem das partes da cidade, que se complementam entre si, levando à formação de um quadro mental coletivo da realidade física da cidade. Cada indivíduo também acrescenta um juízo de valor sobre as condições de qualidade ambiental urbana que ela oferece, de acordo com seus interesses objetivos e expectativas de vida. Neste sentido, o conceito de qualidade ambiental urbana, vai além dos conceitos de salubridade, saúde, segurança, bem como das características morfológicas do sítio ou do desenho urbano. Incorpora também os conceitos de