Resumo: Ética e Competência
Texto: Educação Quilombola. In orientações e ações para a Educação das Relações Ético-Raciais. Brasília, MEC, SECAD, 2010.
Os quilombos nos remetem a vários tempos e espaços históricos: em primeiro lugar a África do século XVII. A palavra Kilombo é originária na língua banto umbundo, que diz respeito a um tipo de instituição sociopolítica militar. Os quilombos nos levam também ao Brasil no final do século XVI e aos séculos seguintes.
Comunidades Quilombola são descendentes de africanos escravizados que mantêm tradições culturais, de subsistência e religiosas ao longo dos séculos.
O quilombo, que na língua banto significa “povoação”, era o espaço físico de resistência à escravidão.
Certificações – entre as ações articuladas de promoção da cultura afro-brasileira esta o trabalho de identificação, demarcação e titulação de terras ocupadas por remanescentes de quilombos. Regulamentado pelo decreto nª 4.887, de 20 de novembro de 2003.
Para Reis e Gomes (2000 p.23) a história dos quilombos é “uma história cheia de ciladas e surpresas, de avanços e recuos, de conflitos e compromissos, sem um sentido linear, uma historia que amplia e torna mais complexa a perspectiva que temos de nosso passado”.
O quilombo se apresenta como uma ferramenta muito importante no processo de reconhecimento de identidade negra brasileira para uma maior afirmação étnica e nacional. Para esse segmento em especial, os vínculos entre educar e formar ancestrais, não são atributos exclusivos da escola; ancestralidade é tudo o que antecede ao que somos, por isso ela nos forma.
O território quilombola se constitui enquanto um agrupamento de pessoas que se reconhecem com a mesma ascendência ética, que passam por inúmeros processos de transformações culturais como formas de adaptação resultantes do caminhar da história, mas se mantêm se fortalecem e redimensionam as suas redes de solidariedade (RATTS 2003 a ; 2004).
Existe um passado e um presente de populações negras que