Resumo Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo
Departamento de Direito
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo - Resumo
Max Weber
Weber inicia sua obra afirmando que os donos dos meios de produção são, na maioria, protestantes: “A porcentagem dos católicos que receberam formação em instituições que preparam especialmente para os estudos técnicos e ocupações comerciais e industriais, e em geral para a vida de negócios de classe média, é muito inferior à dos protestantes”. A aquisição, para o homem capitalista, torna-se um fim em si mesmo e o propósito final de vida. Para alcançar maior produtividade, o dono da força de trabalho paga por tarefas realizadas, assim aumentando a eficiência dos trabalhadores. “A antiga atitude prazerosa e confortável para com a vida cedeu lugar a uma rígida frugalidade, da qual alguns participaram e chegaram ao topo, pois que eles não queriam consumir mas ganhar, enquanto outros, que quiseram conservar o modo de vida antigo, foram forçados a cortar seu consumo.” Nesse ritmo, o negócio torna-se parte necessária da vida das pessoas com desejo de poder e reconhecimento pela própria riqueza. Aquele que não se adapta às condições do capitalismo é simplesmente impedido de subir na vida. Antes do protestantismo, ou seja, durante o monopólio Católico, o lucro era visto como algo perigoso para a salvação, algo contrário à doutrina, por isso os ricos transferiam montantes consideráveis para as paróquias como forma de “desencargo de consciência”. O trabalho era considerado uma forma de apenas conseguir o necessário para viver-se com dignidade. Para sustentar a ideia de que o trabalho é uma forma de chegar-se à plena realização e, por conseguinte, mais próximo de Deus, surge o conceito de vocação, qual seja, para Lutero: o cumprimento das obrigações impostas ao indivíduo pela sua posição no mundo. O cumprimento dos deveres mundanos passa a ser entendido como único modo de vida aceitável por Deus. Com o livro, Weber afirma querer apenas certificar-se se, e em