RESUMO: Segundo governo (1951 – 1954) e o suicídio
(Jéssica L. M. Cigognini - Professora de História)
Ao retornar ao governo pela segunda vez, Vargas vai enfrentar além do peso de seus 69 anos, decisões políticas polêmicas no governo.
Uma delas diz respeito aos sindicatos que esperam mais participação no poder, além de a oposição que acusa o governo de estar se tornando uma república sindicalista.
Outra questão a ser resolvida seria a abertura do mercado brasileiro aos produtos estrangeiros, principalmente norte-americanos, fornecendo matéria-prima e diminuindo as restrições para que os lucros não permanecem só no Brasil.
E por fim, outro problema que Getúlio teria de enfrentar seria os antigetulistas, que o acusavam de “rasgar” as constituições de 1891 e 1934.
As medidas tomadas foram criar ministérios em que houvessem “participação de todas as correntes políticas” (D’ ARAUJO, 1997, p. 39). Declarou um governo não partidário, mas com a colaboração de todos, sem oposição e sem recursos políticos. Para Vargas, segundo o autor, a oposição deveria ser eliminada e seu papel minimizado. O “espírito de conciliação” era apenas para camuflar os conflitos.
A grande imprensa, antes censurada no Estado Novo, agora é contra o governo. Vargas então cria um jornal situacionista, o Última Hora. Em 1953, chama para seu gabinete antigos auxiliares, que eram filiados à UDN, e para a pasta do Trabalho, o gaúcho João Goulart, do PTB, para garantir o apoio dos trabalhadores.
João Goulart foi acusado de se unir aos comunistas e de “fazer uma políticas que favorecia os interesses dos trabalhadores em detrimento dos interesses do capital” (D’ ARAUJO, 1997, p. 40).
A chamada crise de confiança sobre o governo se aprofundou ainda mais em agosto de 1954. Naquele ano, o chefe da guarda pessoal do presidente, Gregório Fortunado, por iniciativa própria ou por mandato de algum político, contratou capangas para matar o deputado e jornalista Carlos Lacerda, um dos principais