Etienne se surpreende com o processo da produção, com as precariedades das condições de trabalho, miséria e exploração. Maheu, um dos trabalhadores mais antigo e respeitado, consegue vaga para ele, uma vez que uma operária havia falecido Fleurance. Aqui, todos os membros das famílias trabalham (das crianças aos idosos), sendo que o número de salários por pessoa garante o sustento de toda família. Assim, quando alguém morre ou deixa a família é necessário substituí-la imediatamente, para não baixar a renda familiar. Na família de Maheu só os pequenos não trabalham (Lénore, 6anos; Henri, 4anos, Alzire, 9anos, por ser enferma) e sua esposa, a qual fica em casa cuidando de Estelle, três meses. Os filhos maiores todos descem nas minas: Catherine de 15; Jealin de 14, e Zacharie de 21 anos. "E a mulher de Maheu continuou a lamentar-se, cabeça imóvel, fechando os olhos de vez em quando, à triste claridade da vela. Falou do guarda-comida vazio, das crianças que pediam pão, do café que faltava, da água que dava cólicas e dos longos dias passados a enganar a fome com folhas de couve cozidas. (...). .Etienne começa a trabalhar na Voeux. Ele permanece "cego" com o que está vendo. A mina é formada por diferentes andares. No total, a profundidade da mina era de quinhentos e cinqüenta e quatro metros. A exploração do trabalho era continua. As donas de casa desesperadas por não terem com o que alimentar seus filhos, vão até o senhor Maigrat, dono de um mercearia, pedirem mais crédito e pão. Voreux faz parte das treze minas que ficavam ao redor da região de Monstou. Aqui os operários não sabiam quem eram os donos, porém sabiam que o Sr. Hennebeau era o diretor geral da Voreux. Já o Sr. Grégoire era acionista e herdara do seu bisavô a mina Piolaine, sendo que seu primo, o Sr. Deneulin era o diretor desta. Estes três senhores estavam preocupados com as notícias da economia e da política, as quais estavam afetando seus negócios e com a provável greve que se anunciara.
Os operários