resumo e introduçao
Além do pano de fundo histórico, por si só contagiante, o livro também mostra fotos de Vlado desde a infância até a sua morte – inclusive a imagem forte do jornalista enforcado.
Mais do que falar sobre, Markun transcreve reportagens da época, de autoria de Vlado e de outros jornalistas, e até laudas de televisão do Hora da Notícia, programa comandado por Herzog na TV Cultura – textos opinativos ou com enfoques utilitários que escapavam à censura. Interessantíssimo.
Markun é descritivo o bastante para inserir o leitor no dilema vivido por profissionais de comunicação da época: como fazer sua matéria útil à sociedade sem sofrer consequências “militares” – no tempo em que jornalismo tinha mais a ver com paixão do que com qualquer outra coisa. Além disso, cita o trecho da entrevista dada à Istoé pelo capitão Ramiro, torturador que admitiu ter sido o único a tratar de Vlado, mas jura de pé junto que o jornalista se enforcou quando estava sozinho na sala: “Faria tudo de novo”, afirmou o capitão, com um orgulho negro.
Impossível falar pouco de um livro como esse. Tocante e revoltante. Além de um “museu” jornalístico, oferece uma descrição nua do que a própria mídia – maior prejudicada da época – já ousou chamar de Ditabranda.
Introdução
Meu querido Vlado
Relata um pouco da biografia de Vladimir Herzog, Jornalista que foi preso, torturado e morto na ditadura. O mistério da morte de Vlado permanece até hoje nos confins da mente de pessoas que também passaram por situações como a que ele passou na ditadura. Por meio do olhar de Paulo Makun, importante jornalista que era amigo de Vlado pode procurar entender um pouco da trajetória desse grande homem, que viveu e morreu por seus ideais.