Resumo e Entendimento do texto: Seleção por consequências (B. F. Skinner)
A seleção por consequências é um modelo de causa e efeito intrínseco dos seres vivos ou de máquinas feitas por eles. Percebida durante o processo de elaboração da seleção natural, explica também a modelagem e a manutenção do comportamento do indivíduo além da evolução das culturas. Toma o lugar das justificativas ligadas a dispositivos mentais (mentalismo) e a princípios da Mecânica Clássica. A história provavelmente teve seu início naquele momento extraordinário em que se deu o surgimento de uma molécula que era capaz de se reproduzir.
O comportamento evoluiu como um conjunto de funções explorando a relação entre organismos e ambiente. Este último impôs limitações, o comportamento funcionava adequadamente apenas sob condições relativamente similares àquelas sob as quais fora selecionado. A reprodução sob uma ampla gama de condições tornou-se possível com a evolução de dois processos por meio dos quais organismos individuais adquiriam comportamentos apropriados a novos ambientes.
Por meio da dinâmica Pavloviana, respostas previamente preparadas pela seleção natural poderiam ficar sob o controle de novos estímulos e novas respostas poderiam ser reforçadas por eventos que imediatamente as seguissem por meio do condicionamento operante. Este é um segundo tipo de seleção por consequências, quando as consequências selecionadoras são as mesmas, o condicionamento operante e a seleção natural trabalham conjuntamente, de maneira redundante.
Uma vez que uma espécie que rapidamente adquire comportamentos apropriados a ambientes específicos tem menor necessidade de um repertório inato, o condicionamento operante poderia não apenas suplementar a seleção natural do comportamento, mas também substituí-la. Quando membros de uma espécie se alimentam pela sobrevivência, o alimento não precisa ser um reforçador. Mas quando, por processos diferenciados, alimento ou sexo tornam-se reforçadores, novas