: Resumo e crítica ao filme “em nome da rosa”
O filme se passa em um mosteiro isolado onde ocorrerá uma reunião entre membros das duas ordens mendicantes, Franciscana e Beneditina, e representantes do clero secular, diretamente enviados pelo Papa João XXII. A reunião se dá em meio a um clima de mistério quando parecem ocorrer assassinatos, sendo os mesmos atribuídos ao demônio, e é necessária a ajuda de Guilherme Baskerville, uma alusão a Sherlock Holmes, e de seu companheiro o noviço Adso, alusão ao companheiro de Holmes chamado Watson.
Paralelamente à investigação dos assassinatos ocorre a reunião entre os membros das diferentes correntes da Igreja Católica Apostólica Romana com o intuito de decidir se Jesus possuía ou não roupas. As ordens mendicantes defendiam que Jesus não possuía nada, incluindo sua roupa do corpo, e com isso defendia também que a Igreja deveria se desfazer de todos os seus bens materiais e se entregar a mendicância como Jesus. Já os enviados do Papa argumentavam que o fato de Jesus possuir as próprias roupas já colocaria por terra a concepção Beneditina e Franciscana e alem disso a Igreja sem bens seria uma Igreja fraca para defender seus fiéis e fazer oposição ao demônio e as pessoas ligadas ao mesmo. Vale lembrar que posteriormente ate mesmo as Ordens Mendicantes viram-se em meio a esse dilema material já que mesmo que os indivíduos não possuíssem nada muitas vezes viviam em mosteiros ricos de doações de famílias ricas.
Uma segunda problematização sobre a história seria em relação ao riso. Durante o filme o personagem Jorge de Burgos defende que Jesus não riu enquanto Guilherme de Baskerville diz o contrário. É possível ver a opinião de Jorge como alusão a uma ferramenta de controle social por parte da Igreja, não criticando o riso bruto e simples que serviria como válvula de escape para os problemas temporais, mas sim o riso intelectual presente no livro. Este tipo de humor ridicularizaria com a imagem das autoridades