Resumo: A Imagem-câmera - Fernão Ramos
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
Departamentos de Letras e Artes
Colegiado de Comunicação Social
Bacharelado em Comunicação Social – Rádio e TV.
Discente: Pablo Silva Brandão.
LTA 107 – Teorias da Imagem – Turma 2014.1
Docente: Marlúcia Mendes.
Data: 18 de junho de 2014.
Resumo: RAMOS, Fernão. A imagem-câmera. Campinas:
Papirus, 2012. P. 09 – 72.
Fernão Ramos, em A imagem-câmera, afirma que seu objetivo é analisar a relação do espectador com a imagem-câmera. Para isso, o autor aborda certas condições que envolvem a produção das imagens em movimento, em torno de três estruturas (o sujeito-da-câmera na tomada, as potencialidades reflexas da imagem-câmera e a fruição espectatorial). O primeiro capítulo, porém, servirá de fundamento para a análise de Ramos.
O autor traz dois personagens nesse processo imagem-câmera: o primeiro é o sujeito-câmera, responsável por transmitir a imagem ao espectador, e o segundo é o sujeito da câmera, aquele que está na frente das câmeras (ator, modelo...). Mas Ramos não se esquece de destacar a importância do som:
“A fala e os ruídos compõem a imagem em movimento como um todo, pois é assim que estão presentes nos objetos e nos seres que surgem ao sujeito-câmera, deixando seu traço no suporte, hoje sensível à expressão sonora”.
É expressada no livro a opinião de André Bazin, renomado crítico e teórico de cinema. Bazin, radical frente às produções audiovisuais, vê na espontaneidade a melhor forma de como a formação da imagem-câmera deve ocorrer, ou seja, apenas relatando um evento natural do cotidiano, sem manipulação ou intervenção de qualquer origem. De fato, o que Bazin preza é a manutenção da integridade do registro natural, sendo contra roteiros, enquadramentos definidos, determinação de foco etc. O espectador é quem vai decidir o que priorizar. Pensamento semelhante ao de Amédée Ayfre, outro autor trazido ao texto, que diz que a manipulação pode tirar do espectador a