Resumo: A educação pela noite e outros ensaios (2000, p.39 – 50) Antônio Candido
• Acreditava ser importante denunciar problemas sociais e/ou pessoais. Um bom exemplo disso é a pobreza que atinge um indivíduo em particular, mas que é desencadeada por problemas de organização do Estado.
• Esse modo de pensar, pode ter sido o resultado de como foi sua vida, porém o que não se pode negar é que “... é um autor vivo e penetrante, uma inteligência voltada com lucidez para o desmascaramento da sociedade e a análise das próprias emoções...”.
• Lima Barreto não teve amores, o que talvez resultou em sua paixão pelas letras, transferiu para as palavras a afeição que não pode transferir a uma mulher. O autor substituiu sua vida pela literatura, substituiu seus sentimentos e emoções por ela, dificultando assim, entender a literatura como arte.
• Outra característica de Lima Barreto, é a vontade de desmascarar o “bonito”, ou seja, revelar a verdade sobre as coisas.
• Negou os modernistas e possuía características próprias como: “... a representação direta da realidade...”
• Era um autor interessante. “Quando comenta um romance de outro autor, ele o trata como se fosse documento, não ficação, e o condena ou louva exclusivamente por esse lado, mostrando desinteresse pelos aspectos formais, sobretudo os inovadores. É como se a sua consciência artística decorresse do desejo polêmico de não ter consciência propriamente dita.”
• Lima Barreto ocasionalmente escrevia em suas obras utilizando sua autobiografia e Antônio Candido mostra três exemplos disso.
• Candido afirma após alguns exemplos que tudo o que escreveu, só exprime “... o ritmo profundo da escrita de Lima Barreto, a sua passagem constante da particularidade individual para a generalidade da elaboração romanesca (e vice-versa), que importa numa espécie de