Resumo: A DESNATUREZA HUMANA OU O NÃO NO CENTRO DO MUNDO
Escrito durante a Primeira Grande Guerra, o texto de Lukcás está impregnado pela atmosfera “ desespero permanente diante da situação mundial”.
Expulso do paraíso das civilizações fechadas, o homem da modernidade colhe no tempo de Lukács o fruto mais amargo da abertura do mundo.
Durante o tempo em que a abertura do mundo embora já revelava perspectivas traumáticas e assustadoras, tinha o direito de ser acolhida e comentada com orgulho e altivez.
Foi em 1486,na Oratória de hominis dignitate , Giovanni Pico Della Mirandola ( 1463- 1494 ), concordou e reconheceu o homem como o mais digno e poderoso de todos os seres, mas discordava, contudo das razões que eram dadas para a avaliação.
A grandeza da natureza humana: sendo o homem vinculo das criaturas, familiar com as superiores, soberano das inferiores; pela agudeza dos sentidos, pelo poder indagador da razão e pela luz do intelecto; verdadeiro intermédio entre o tempo e a eternidade.
Como diz os Perças ; cópula portanto, himeneu do mundo, e segundo atestou David, em pouco inferior aos anjos.
Não é por ter uma natureza complexa que o homem é o mais digno nossa admiração.
Segundo Pico Della Mirandola , Deus não encontrou um ser capaz de amar toda a beleza e magnitude do mundo que ele criou.
Deus recebeu o homem como uma criatura de natureza indeterminada para colocá-lo no centro do Universo.
Disse para Adão que não estava lhe dando um lugar determinado, aspecto nenhum que te seja próprio, tarefa alguma especifica, afim de que obtenhas e possuas aquele lugar.
Deus não o fez celeste, mortal ou imortal, mas estava deixando em suas mãos o livre arbítrio de decidir o que fazer com tudo o que está ao seu redor. Podemos reconhecer nas palavras de Giovanni Pico o antigo geo e antropocentrismo aristotélico- cristão.
O autor chega a conclusão de que o centro de sua dimensão antológica é nada mais nada á menos que o lugar daquele que tudo pode mas