resumo a cartomante- machado de assis
O conto inicia com a citação de Hamlet, “que há mais coisas no céu e na terra do que sonha nossa filosofia”. Com outras palavras, é assim que Rita Explica a seu jovem amante Camilo, a sua ida a uma cartomante no dia anterior. Apesar de desdém do rapaz, ela afirma que a mulher acerta tudo, garantindo-lhe que nada deveria temer a respeito daquele relacionamento. Camilo, embora brincasse com a situação, falou que lhe faltara cuidados, pois o marido dela(Vilela) poderia vir a saber dessa história.
Camilo lembrou-se de que, quando criança era supersticioso, influenciado pela mãe, mas que agora desprezava todas as crendices. Separam-se; ela contente por ser amada; ele, vaidoso pela paixão que a moça lhe devotava. O casal de amantes encontrava-se em uma casa conseguida por uma conhecida de Rita. Ao tomar o seu caminho, Camilo examinou rapidamente a casa da cartomante.
Há um flashback: o narrador relata a origem deste triângulo amoroso: Vilela e Camilo eram amigos de infância. O primeiro tornara-se magistrado, enquanto Camilo resolveu não fazer nada até que a mãe lhe arranjara um emprego público. Nos idos de 1869, Vilela, já casado com uma dama formosa e tonta, saindo da província, veio a ter casa em Botafogo. Havia abandonado a magistratura e agora exercia a advocacia.
Logo os antigos amigos se reencontraram. Camilo deu razão a Vilela que, em suas cartas, louvava os encantos da esposa: “viva nos gestos, olhos cálidos, boca fina e interrogativa”. Rita era mais velha, tinha 30 anos, Vilela, 29, e Camilo, 26. O convívio entre os três tornou-se diário.
Ocorreu então a morte da mãe de Camilo, “Vilela cuidou do enterro e do inventário; Rita tratou especialmente do coração, e ninguém o faria melhor”. Camilo não soube fugir da chegada do amor, embora tentasse evitá-la. Porém “Rita o envolveu como “serpente”, e o rapaz mandou longe os escrúpulos”. Passaram a viver intensos dias de paixão.
Certo dia Camilo recebeu uma carta anônima que denunciava o amor