Resumo Walter Benjamim

Desde os primórdios a obra de arte esteve sujeita à reprodução de um terceiro indivíduo, homens com interesses artísticos, como os discípulos que reproduziam a obra de seus mestres ou homens com interesse material que falsificavam as grandes obras de arte. Com o passar das eras, podiam-se perceber diversas e diferentes técnicas para reprodução, a fundição e a cunhagem dos gregos, por exemplo, eram métodos usados, principalmente, para moedas e terracotas que eram reproduzidas em grandes quantidades. A litografia permitia que o desenho, quando feito em pedra calcária, pudesse ser submetido a cópias que não seriam apenas comercializadas, mas oportunidades de novas criações. Anos mais tarde a fotografia ofuscaria as técnicas casuais de reprodução, sendo extremamente útil em questão de velocidade na captura da imagem, condicionando ao trabalho apenas o movimento dos olhos em vez dos traços manuais, o que consumia muito menos tempo para a reprodução das imagens. Entretanto, a fotografia excluía o sentido de hic et nunc, a originalidade da obra no momento único de produção, aonde se deposita um amálgama de sentimentos do autor, que não pode ser copiado por outrem com o passar do tempo. A fotografia capturava apenas aquilo que estava em foco, conseguia transmitir a emoção, mas não aquilo que estivera ao redor da situação, este tipo de sentimento perante a criação da obra era chamado de aura. Mas este conceito, nos dias atuais, vai perdendo sua força gradativamente por culpa das grandes massas que exigem a “proximidade da obra” e a depreciação daquilo que é oferecido somente uma vez.
Tendo em vista o advento da fotografia, os artistas previam uma crise que perduraria tempo indeterminado, a fotografia consequentemente elimina o zelo para com a originalidade ou o conteúdo ritualístico para a reprodução da obra, como era feito no passado com, por exemplo, as Vênus gregas que representavam a fertilidade. Esta importância com o culto da obra foi perdendo-se para o valor de