Resumo: "visão lúdica do corpo"
De acordo com Silvino Santin o autor do texto “Visão Lúdica do Corpo”, a linguagem é um fenômeno fundamental na vida do homem. Precisa ser entendida como uma presença do sujeito falante, não apenas como uma exteriorização. De alguma maneira, (...) A palavra tem a força de criar novas paisagens e novos mundos. Visão Lúdica do corpo significa transformar o corpo num brinquedo, u seja num objeto lúdico. Pensar e brincar faria parte do modo de ser da corporeidade humana. (...) Ela poderia ser entendida da mesma maneira que as expressões: visão motora do corpo ou visão estética do corpo? A resposta foi negativa. Visão lúdica do corpo, apesar de ter a mesma estrutura lingüística daquelas duas expressões, não poderia ser ouvida da mesma forma. É fácil perceber o que se procura quando falamos em visão estética do corpo, porque avaliamos, admiramos ou descrevemos as formas belas do corpo. Enquanto que quando nos referimos à visão motora do corpo, podemos apelar para as teorias mecânicas, da física ou da biomecânica e demonstrar o desempenho motor do corpo. A visão lúdica do corpo significa a visão que temos do corpo ou a visão que o corpo ou o corpo tem uma maneira de ser lúdico. Em geral, nós não atribuímos nenhuma ação ao corpo, além das ações biológicas. O corpo simplesmente não tem autonomia. (...) torna-se pensante, falante inteligente e consciente. As antropologias tradicionais não aceitam essas formas de falar. Entretanto, por esse caminho descobriríamos que o corpo é lúdico. Aceitar um corpo lúdico, pensante e inteligente levar-nos-ia a repensar o nosso projeto antropológico, segundo a proposta de Maria Daraki. Pensar o corpo lúdico exige, portanto, duas tarefas: a primeira superar as dualidades antropológicas que nos afligem; a segunda, pensar a unidade humana através da corporeidade. A exaltação do corpo através das práticas esportivas de alto rendimento só é possível na medida em que ele é submetido aos mais