Resumo vigiar e punir - michel foucalt
PRIMEIRA PARTE: SUPLÍCIO, CAP I – O CORPO DOS CONDENADOS ; CAP II – A OSTENTAÇÃO DOS SUPLÍCIOS
O indignado filósofo, analisa profundamente o sistema penal francês por um dramático histórico, alimentado meticulosamente pelas severas torturas, castigos e penas corpóreas, ou seja os suplícios (qualificados como a arte quantitativa do sofrimento) impostos com frieza e fugacidade pelo soberano e seus juizes, que eram praticados sem nenhuma privacidade, como num „teatro em praça pública‟, rodeados das mais diversas personalidades curiosas, que apreciavam todo aquele momento sanguinário. Nesse sistema, malgrado o condenado refletiria quanto mal fez a sociedade e, principalmente, a honra de seu soberano, pela intensa dor física (como modo de vingança social), o autor também percebia seus efeitos indesejados, como esteriotipar o corpo como uma luta entre soberano e as massas populares, em que o carrasco era o campeão do rei, e sem se esquecer da possível indentificação e adimiração geral pela „bravura‟ do condenado, influenciados pelos „boletins‟ que acabavam por glorificar os criminosos, culminando muitas vezes em sedição e agitação, resultando a uma suposta ineficiência desse sistema penal. Fatores como a irracionalidade, custo público, conflito com os verdadeiros interesses do estado e até mesmo o desenvolvimento industrial levaram então à extinção do suplício de exposição no secúlo XlX, Foucault conclui sabiamente : ‟A tecnologia do poder sobre o corpo não consegue ser mascarada pela tecnologia da alma‟.
SEGUNDA PARTE: PUNIÇÃO
“Que as penas sejam moderadas e proporcionais aos delitos, que a de morte só seja imputada contra os culpados assassinos, e sejam abolidos os suplícios que revoltem a humanidade.” (pág .63) O contexto de organização do poder punitivo no final do séc. XVIII se dividia em três pilares: o primeiro, mais antiquado e ainda vigente se apoiava nas práticas despóticas do velho direito monárquico; o segundo baseado no