Almeida está em Lisboa quando começa a pensar em viajar por Portugal, partindo para Santarém. Sua pena, “pobre e soberba” (Capítulo 1), queria uma assunto melhor para escrever do que as “viagens” que ele fazia em seu quarto nas noites de verão (alusão ao livro “Viagens ao Redor do Meu Quarto” escrito por Xavier de Maistre), olhando as poucas árvores e o Rio Tejo. Se ele viajasse sua pena iria ter muito o que escrever. Sua decisão foi tomada por estar abalado pelas instâncias de um amigo de Santarém (Manuel Passos) e quando um jornal, que soube seu interesse em viajar, disse em uma publicação que ele o faria por política.E ele foi: “pronunciei-me” (Capítulo 1). No dia 17 de julho de 1843 ele partiu junto com seus companheiros em um barco lerdo, que jamais ganharia uma regata de vapores (disputa da época entre barcos). Almeida vai admirando a Lisboa oriental: “a mais bela e grandiosa parte da cidade” (Capítulo 1). Quando o barco passa pela Vila Franca (ver o mapa acima), o autor comenta com seus companheiros e escreve o fato de uma restauração feita ali ter desabado.” A questão não era de restaurar nem de não restaurar, mas de se livrar a gente de um governo de patuscos, que é o mais odioso e engulhoso dos governos possíveis” (Capítulo 1). Continuando o pensamento ele chega a conclusão que o desabamento ocorreu porque era a “ordem das coisas, e que por força havia de suceder” (Capítulo 1). No barco se encontrava vários grupos, Almeida e seus companheiros estavam com um grupo de campinos (atletas que corriam atrás de touros em espetáculos) e um grupo de ílhavos ( campestres que cuidavam de plantações ao redor do Rio Tejo, tendo que enfrentar muitas vezes tempestades). Depois de uma longa discussão (que atraiu muitos espectadores), para ver qual grupo era mais forte, os ílhavos venceram, afirmando que quem controla uma tempestade é mais forte do que quem controla um touro, sendo aplaudidos. Certa vez um filósofo escreveu que para o progresso