Resumo Urbanismo: Françoise Choay

A cidade industrial é urbana. A cidade é o seu horizonte. Ela produz metrópoles, conurbações, cidades industriais, grandes conjuntos habitacionais. No entanto, fracassa na ordenação desses locais.
A cidade é tida como o principal objeto de estudo do Urbanismo, a cidade é muito mais do que uma aglomeração de pessoas e construções num determinado espaço territorial. É um local complexo, é o ponto de convergência de vários fluxos que a sustentam, o fluxo de capital econômico, o fluxo social, o fluxo financeiro. Convergência essa que parte de várias localidades que estabelecem com ela relações sociais, políticas e econômicas, e enfim, onde se concentram os bens de reprodução do capital e a força de trabalho.
Assim se demonstra um pouco da complexidade do que é a cidade. Aliás, a revolução industrial é catalisadora de um rápido crescimento demográfico das cidades, por uma drenagem dos campos em benefício de um desenvolvimento urbano sem precedentes. O número das cidades inglesas com mais de cem mil habitantes passou de duas para trinta, entre 1800 e 1895. É nesse período, final do séc. XIX, pós-revolução industrial, que a nossa sociedade sofre a primeira grande mudança em muitas dezenas, aliás centenas de anos, as cidades rapidamente cresceram em tamanho e população e se transformaram em metrópoles. Este crescimento e desenvolvimento para fora do seu perímetro, absorve pequenos aglomerados rurais e/ou até mesmo cidades de importância semelhante, desaparecendo os limites físicos entre os diferentes núcleos urbanos.
É aqui, que os problemas urbanos começam a acentuar-se, diante do aumento da população nas cidades decorrente do êxodo rural, em busca de oportunidades de trabalho e sem condições dignas de qualidade de vida, passa a existir a necessidade de dar resposta a estes e outros problemas. Então surgem propostas na tentativa de responder a estes problemas, algumas com uma pretensão científica, outras utópicas, mas todas com o mesmo objetivo comum, organizar os