RESUMO UM SABER DE FRONTEIRA – ENTRE A ANTROPOLOGIA E A EDUCAÇÃO
A educação como campo disciplinar precisa de outros conhecimentos para formar suas práticas, tais como, filosofia, psicologia e história. Em programas de graduação e pós-graduação a disciplina Antropológica foi incorporada ao esquema curricular de modo sistemático nos últimos vinte e sete anos, com o intuito de contribuir para a reflexão de fenômenos, tido como educacionais.
Em 1987, foi aberta a disciplina Antropologia e Educação na área de Fundamentos da Educação no Departamento de Educação da PUC-Rio, disciplina que foi assumida pela professora Tania Dauster e teve como mediadora a professora Vera Candau.
Nos anos 90, Tania escreveu sobre as relações entre Antropologia e a Educação no contexto da discussão da chamada crise de paradigmas e educação. Na qualidade de professora, pesquisadora e orientadora, Tania trabalhou com os estudantes a discussão sobre as práticas etnográficas ao campo da pesquisa educacional e as considerações em torno do conceito de cultura e de leitura das relações sociais concretas.
Tania acredita que o professor em qualquer nível na sua prática de ensino lucra com o conhecimento da abordagem antropológica, pois ali ele passa a olhar seu aluno com outros olhos, pronto para analisar a heterogeneidade e a diversidade socioculturais contidas em uma sala de aula. Ou por outro lado os conhecimentos antropológicos consentiria que o professor desenvolvesse uma visão critica face as suas possíveis posturas etnocêntricas que o levaria a considerar as diferenças de estilos e de histórias de vida dos estudantes como uma manifestação de circunstâncias de inferioridade, incapacidade ou privação cultural.
No final dos anos 80, surgiram articulações entre a