RESUMO TRAUMA NA GESTANTE
Gestante vitima de trauma, tem se tornado um problema cada vez mais comum que vem aumentando as estatísticas de morbimortalidade, principalmente nos grandes centros urbanos, e os mais comuns são acidentes automobilísticos e por arma de fogo. O trauma é a principal causa não obstétrica de mortalidade materno – fetal. Cerca de 6-7% das gestantes sofre algum tipo de trauma. Existem dois tipos de trauma, os provocados por objetos contundentes e por objetos penetrantes. Trauma abdominal contuso é causado mais frequentemente por veículos motorizados, seguido por quedas e agressões direta ao abdome. Trauma abdominal penetrante é comumente causado por arma de fogo ou arma branca, tendo uma incidência de lesão fetal de 60-90%. No terceiro trimestre o útero atinge as suas maiores dimensões, as suas paredes tornam-se mais finas e a quantidade de líquido amniótico diminui, ficando então o feto mais suscetível ao trauma neste período. Na avaliação e manejo do trauma na gestante é essencial o pleno conhecimento das modificações que ocorrem no organismo materno em decorrência da gestação, essas modificações são morfológicas e funcionais. O atendimento a gestante não deve ser diferenciado das pessoas não gestantes, mas requer uma atenção especial devido às alterações fisiológicas que ocorrem durante a gestação. O objetivo inicial deve ser a estabilização da condição materna, assegurando sua vitalidade enquanto a vítima é transferida para o hospital. O atendimento à gestante começa pela avaliação primária com a realização do A, B, C, D, E. Em seguida deve ser feito exame físico completo da cabeça aos pés e reavaliação dos sinais vitais. Após vem a avaliação secundária, na qual se realiza o exame detalhado de todos os segmentos do corpo: inspeção, palpação, percussão e ausculta, que só deve ser realizada quando terminada a avaliação primária com a estabilidade da gestante. É importante saber que o melhor atendimento para o feto é o pronto atendimento