Resumo Tocqueville
A experiência americana
Raymond Aron introduz o tema, enumerando as causas que tornam a democracia americana liberal, tendo como influência Montesquieu, na visão de Tocqueville; – a situação acidental e particular em que se encontra a sociedade americana; – as leis;
– os hábitos e os costumes.
Tocqueville observa a sociedade americana tendo uma situação excepcionalmente favorável, com o mínimo de obrigações diplomáticas e riscos militares. Em outras palavras, as condições geográficas e históricas fazem parte da liberdade que se constituía de hábitos, costumes e crenças.
Entretanto, a sociedade americana não pode representar um modelo para as sociedades europeias, mas pode mostrar uma lição, tendo a liberdade como fator principal em uma sociedade democrática.
Em relação as leis contidas neste contexto, Tocqueville exige que o Estado seja extenso para dispor da força necessária à sua segurança, e pequeno o bastante para que sua legislação se adapte, ou seja, uma combinação que só seria possível com a criação de uma constituição. Constituição esta que garantisse a livre circulação de bens, pessoas e capitais.
Portanto, de acordo com Tocqueville: “Existem dois perigos principais que ameaçam a existência das democracias: a subordinação completa do poder legislativo à vontade do corpo eleitoral e a concentração no poder legislativo de todos os outros poderes do governo.” (O. C., 1.1, vol. 1, p. 158.)
Sobre a política, Tocqueville constata a pluralidade dos partidos, tendo em vista que eles não aderem a princípios contraditórios de governo, mas representam a organização dos interesses.
Dentro deste mesmo pensamento, surge a ideia de liberdade, que são separadas em liberdade de associação e a outra a utilização que se faz desta liberdade, com a multiplicação de organizações de voluntários.
E finalmente, se é apontada a liberdade de imprensa que se torna inconveniente, já que os jornais tendem a cometer abusos, sendo difícil evitar que