Resumo Teste 11 Nov
Os indivíduos necessitam de formular ideias sobre o meio envolvente de modo a que possam orientar as suas práticas em função das suas representações do mundo mas existem diferentes explicações para a realidade social - pluriparadigmatismo. Somos condicionados pelas estruturas sociais que determinam para alguns aspetos uma certa homogeneidade, porém as representações evoluem consoante as interações e as práticas o que leva a que estas sejam diferentes.
A homogeneidade das representações pode chamar-se de senso comum visto que corresponde a representações sociais que o indivíduo/sociedade tem. Sendo assim, o senso comum é um objeto de estudo das ciências sociais visto que estas estudam e explicam o social pelo social, i.e., os factos sociais e culturais através dos mesmos.
Apesar destas visões serem formadas a partir da realidade, muitas vezes estas não correspondem totalmente a esta. Isto deve-se ao senso comum, ou seja, aos preconceitos/ideias pré-existentes na sociedade que levam o indivíduo a adotá-las sem qualquer tipo de racionalização, apenas interiorização.
Dito isto, compreende-se que existe uma incompatibilidade entre o senso comum e o conhecimento sociológico e até mesmo com a pesquisa científica.
A oposição entre a ciência e o senso comum é também interna, i.e., relacionado com a pesquisa e com a análise. Para uma análise científica é necessário que aquele que estuda se afaste de tudo aquilo que conhece, é necessário que seja realizada uma análise imparcial esquecendo todos os seus valores e cultura, e pondo em causa todo o conhecimento.
É necessário este afastamento radical porque o senso comum tende a interpretar os processos sociais de três formas - formas estas que são conceções consideradas obstáculos ao conhecimento sociológico:
Naturalistas – explicar os fenómenos sociais a partir de características ditas biológicas ou naturais; é a natureza humana que força a agir de determinada