resumo - teoria
Mercado, Estado e teoria econômica: uma breve reflexão
O desenvolvimento da economia está intimamente relacionado aos problemas sociais vividos em cada momento histórico. Exemplos são a teoria desenvolvida por Keynes (resultado do desemprego em massa em 1930) e os pensamentos de Friedman (decorrente da onda inflacionária de 1960).
Desde o final da Segunda Guerra, a intervenção ativa e continuada do Estado na economia tornou-se um aspecto essencial no capitalismo moderno. Não há uma teoria econômica da ação do Estado, sendo que as decisões deste último são exógenas aos modelos teóricos desta ciência.
Adam Smith, com sua obra A riqueza das nações, marca o nascimento da teoria econômica moderna, visto que esta é a primeira obra, com grande aceitação, que mostra o sistema econômico como um sistema fechado (autossuficiente) de relações sociais.
Smith defende que a economia se comporta por suas próprias leis, sendo autônoma em relação a outras dimensões da vida social. A influência do Estado seria prejudicial, serviria apenas para afirmar privilégios. Suas ideias eram contrárias àquelas que eram defendidas até então, pois afirmava que os indivíduos não necessitavam de uma influência superior, sendo que estes se organizariam naturalmente, visto que a sociedade lhes serviria melhor.
A teoria econômica nasceu para provar que as sociedades organizam sua vida econômica de modo mais eficiente se livres da interferência de poderes estranhos aos interesses dos próprios indivíduos. A economia se organiza por orientação de uma "mão -invisível".
O mercado é capaz de estabelecer aqueles preços que viabilizam a ordem econômica, os preços naturais (preço justo perante o esforço desprendido para a produção). O projeto da teoria econômica definiu-se como o meio de mostrar a capacidade do mercado de compatibilizar a miríade de interesses privados que se expressam na sociedade em termos de acesso a mercadoria.
A viabilidade do capitalismo moderno está baseada nos