Resumo Tempos Modernos
O ator principal, Carlitos, representado por Charles Chaplin, é um operário. É ao auge da acumulação taylorista-fordista, em que os trabalhadores tem suas habilidades substituídas por um trabalho rotineiro e alienado. É o predomínio da esteira rolante de Ford, do cronômetro de Taylor, do operário-massa. Logo no início do filme percebe-se, que o operário Carlitos, depara-se com a esteira de produção fordista, a qual a cada pouco aumentava de ritmo, sempre mais veloz, mostrando que tinham somente a finalidade de realização de tarefas rápidas e eficientes, não se preocupando com as limitações físicas e psicológicas dos trabalhadores. Fazendo assim de Carlitos e a máquina um assunto bastante conflituoso (homem-máquina). Carlitos estava tão alienado e obcecado por apertar parafusos, que ao não completar a tarefa adequadamente, acaba sendo engolido pela máquina, quando ele sai da máquina, começa a apertar todos botões que vê pela frente, e assim, acaba sendo internado em completo estado de insanidade. A contradição capital-trabalho aparece claramente no filme. O patrão fica numa sala lendo o jornal, ao mesmo tempo em que o monitor dita os ritmos de produção e controla todos os operários. Em outras passagens, Carlitos mostra, ao longo de suas tentativas de arranjar outro emprego, sua inadequação com o trabalho alienado, problema que lhe foi ocasionado ainda em seu primeiro trabalho. Segundo Frederick W. Taylor, o empregado não tem condições de analisar o trabalho e estabelecer o melhor método de fazê-lo, isso é claro em Carlitos, que obedecia cada ordem recebida, mas não usava o raciocínio ao fazê-lo. Os princípios básicos da