Resumo Somos Todos Difere
A causa do problema não era falta de interesse, de motivação, de esforço ou de vontade. Tampouco era relativa à acuidade visual ou auditiva. Também não era menos inteligente (aliás, muitas crianças disléxicas apresentam um grau de inteligência normal ou até superior ao da maioria da população). O processamento de comunicação e/ou da compreensão de dados e informações ocorria diferentemente no seu cérebro (como com os demais disléxicos). Na realidade, parece que ela ocorre em uma área diferente.
Por isso, todo disléxico é disperso e demonstra dificuldades em manter a atenção durante a realização de atividades. Também se mostra depressivo diante das suas dificuldades; deprimido; triste; e culpado. E foi o que ocorreu com o garoto Ishaan Awasthi que, afetado pelo distúrbio, ficou sem o apoio dos pais e da escola, estigmatizado.
Felizmente foi “socorrido” pela intervenção positiva do novo professor de Arte que percebeu as dificuldades no seu desenvolvimento cognitivo. Pelo que me foi dado observar, o professor dominava o conteúdo das artes visuais, os conhecimentos básicos para o exercício da docência e aqueles necessários à promoção da inclusão. Certamente ele devia ser um profissional completo, ou seja, ter quatro anos de formação em licenciatura mais uma pós-graduação na área. Sem contar a experiência (ainda que involuntária) de ser, ele mesmo, um disléxico.
Penso que faltou o amparo afetivo da família, despreparada para compreender as dificuldades da criança. Ainda que houvesse amor - tanto do pai quanto da mãe e do irmão mais velho -, os argumentos do pai com relação ao futuro do filho não convencem.
Por último, mas certamente com igual importância, registro a