Resumo sobre a Liberdade - Grandes Questões da Humanidade

Discutir se somos ou não livres implica nas questões: O que ou quem pode ser livre? Quais obstáculos para liberdade? Se não é possível haver liberdade, qual o motivo por isso? Para Schopenhauer existem três sentidos para a liberdade que nos ajudam a responder essas perguntas: a liberdade de agir, pensar e querer. A liberdade de agir nunca é absoluta. O nosso corpo, a sociedade e as leis nos impõe certos limites dentro desse agir no sentido físico. Paradoxalmente é também graças algumas leis que asseguram a liberdade de ir, vir ou ficar. Não há liberdade sem lei, ensina John Locke. Dessa forma a liberdade política é também liberdade de agir, ao contrário da escravidão e da obrigação. Como observa Thomas Hobbes, é a ausência de qualquer impedimento que se oponha ao movimento.
A liberdade de pensar ou também chamada do espírito, da parte superior da alma, da substância pensante ou da mente (a história da filosofia é repleta de nomenclaturas) é um direito nos estados ditos democráticos. Liberdade de expressão e de culto são alguns exemplos. Pensar livremente nesses estados, porém, implica responsabilidades e consciência nas escolhas. Por isso que muitas vezes pessoas consideradas sem capacidades de plena consciência sobre seus atos, como crianças e doentes mentais, são absolvidos da responsabilidade por ações consideradas criminosas.
Na liberdade de querer o objeto é a vontade, não sendo simplesmente o agir físico ou de pensar e expressar livremente. Alguns entendem essa liberdade como: ser e fazer o que se deseja. Porém podemos argumentar que mesmo agindo sem se importar com os constrangimentos externos, seguindo apenas nossos desejos e vontades, estaremos agindo presos ao jugo tirânico das forças dos apetites pessoais. Dessa forma, ser livre é também ter capacidade de não fazer o que queremos, ou seja, o que nossos apetites querem nos obrigar a fazer.
O que garante que as minhas escolhas são feitas em total liberdade? Não poderiam essas escolhas ser um