Resumo sobre a Dissecção da Personalidade Psíquica
por fcelentano
Aula 12. A Dissecção da Personalidade Psíquica. 1. Os sintomas são os derivados do reprimido e seus representantes perante o EU. Representantes e nunca o próprio recalcado que se encontra em território estrangeiro para o EU (assim como a própria realidade). As pessoas adoecem por não se realizarem desejos pulsionais intensos reprimidos. São as pulsões do EU, as pulsões de auto-preservação que criam essa resistência. Faz-se necessário, portanto, uma explanação mais detalhada do funcionamento psíquico do EU. 2. Em primeiro lugar, Freud parte de uma premissa que teremos que admitir como verdadeira para poder acompanhá-lo, mas que é, no mínimo duvidosa. Afirma que o EU pode ser objeto de estudo. Pode sê-lo porque é possível cindi-lo e a cisão tem a ver com sua estrutura. No entanto, o meu EU, nem o EU do meu paciente podem ser de fato objetos. Se o objeto é o termo que qualquer operação (ativa, passiva, intelectual, etc.) e se o objeto se distingue justamente por ser um limite do EU e se diferenciar do EU, esse jamais poderá ser um objeto. Nesse sentido, a visão Heideggeriana sobre o sujeito parece ser a mais plausível. Somente há o sujeito, sua percepção, suas pulsões, suas representações. E mais, para a constituição do EU é NECESSÁRIO integrar o outro, a relação de identidade e diferença que nos torna sujeitos na visão do outro. 3. Isso posto, prossigamos. O EU pode observar-se e fazer algo consigo como se fosse um objeto. Sim, isso é certo. Se observarmos, portanto, de perto, essa relação do EU com a identidade, encontraremos uma instância que se observa e que, nos doentes paranóicos, torna-se deslocada para a realidade externa. Observar é, dessa forma, o prelúdio ao julgar e punir. Assim surge a consciência humana, dessa instância presente no EU que será chamada de SUPEREU. 4. Para Freud, a prova da existência do SUPEREU está na análise de uma patologia: a melancolia. O melancólico