Resumo sobre Scoz, B. (2011). Identidade e subjetividade de professores
Cuidadosamente, a autora faz reflexões sobre os relatos dos participantes da pesquisa pautados em sua sensibilidade e conhecimento teórico, para que possamos compreender como acontece o processo de identidade e subjetividade no universo do ensinar e aprender.
Por meio da descrição de sua experiência profissional como educadora e psicopedagoga, bem como sua vivência com o Psicodrama, a terapia junguiana e o Jogo de Areia, Beatriz Scoz nos convida a refletir sobre a instigante questão da necessidade dos professores conhecerem seus próprios processos de aprender como um caminho decisório no momento de compreender o ser que ensina, o ser que aprende e o objeto de conhecimento que é construído entre os dois.
A autora nos traz orientações para que possamos entender que a subjetividade está vinculada ao resgate da trajetória individual, ao modo como cada indivíduo tenta definir a si mesmo, confrontando-se ao mesmo tempo com os diversos contextos sociais.
Ela trabalhou nessa pesquisa com os sentidos que os professores produziam em seus processos de ensinar e aprender em suas famílias, comunidades e escolas, como expressões de formas da realidade nos níveis simbólico e emocional.
Na avaliação do processo de construção de identidade e subjetividade dos professores são valorizados elementos que se entrecruzam e se complementam: o pensamento, como exercício de reflexão e consciência do estado individual, além de sua influência na esfera social e nas construções futuras; a emoção, como expressão dos estados subjetivos; o dinamismo e o diálogo entre o consciente e o inconsciente; o sentido e o significado, apontados como uma unidade, oriundos de uma complexidade da organização subjetiva, não reduzidos aos discursos e finalmente, os espaços intermediários, como locais do potencial