Resumo Sobre Globalização
O objetivo deste trabalho é discutir as estratégias competitivas das empresas transnacionais nas cadeias produtivas da indústria de alimentos, em função da competição global, do avanço das cadeias de distribuição de empresas transnacionais no Brasil e das estratégias das empresas nacionais. Para esse fim utilizou-se a abordagem de cadeias produtivas de Gereffi (1994, 1997, 1999), para analisar as estratégias das transnacionais Nestlé, Danone e Parmalat que operam no Brasil, e as empresas nacionais Sadia e Perdigão. Palavras-chave: indústria alimentícia, empresas transnacionais, empresas nacionais, estratégias, cadeias produtivas, Brasil. 1.- A indústria brasileira de alimentos
1.1.- Um dos setores tradicionais da indústria brasileira Historicamente a indústria alimentícia juntamente com as indústrias têxtil e de vestuário, foram as primeiras a serem organizadas industrialmente e são considerados como setores tradicionais (Ferraz, 1996). As indústrias assim classificadas, têm como característica a elaboração de produtos manufaturados de menor conteúdo tecnológico, destinados ao consumo final; são dependentes de outras indústrias fornecedoras de insumos e equipamentos. Devido ao fato da sua produção estar direcionada para o consumidor final, do ponto de vista da concorrência, existe uma ampla variedade de produtos em função da grande segmentação do mercado em termos de níveis de renda dos consumidores. Nesse contexto, os atributos como: preço, marca, adequação ao uso e poder aquisitivo do consumidor são de maior importância para a competitividade destas indústrias. Isto resulta na existência de empresas que possuem atividades técnicas similares, buscando atuar em faixas de mercado bastante distintas. Tendo em vista o tamanho da população brasileira e a distribuição de renda no país, os produtos alimentares básicos, de menor valor unitário, têm ampla demanda e potencial de expansão elevado, 2 considerando os baixos níveis de consumo per