RESUMO SETOR MARISTA
A história do Setor Marista começa lá atrás, numa época em que Goiânia era muito diferente desta metrópole que hoje se apresenta com todos seus bons e maus predicados. Mas nem era este o nome do bairro.
Na verdade, a área que hoje compreende o bairro era parte do Setor Pedro Ludovico. Foi o Colégio Marista, que fora instalado no mesmo local onde funciona até hoje, em 1962, que fez com que a região ficasse conhecida por “Marista” ou “dos Maristas”, os religiosos que fundaram e administram a instituição.
Com a construção da escola, pessoas mais endinheiradas começaram a se mudar para os arredores. O arquiteto e urbanista, Azor Henrique de Mendonça ferro, explica que essa foi uma época em que a expansão comercial começou a incomodar os moradores do centro, que passaram a buscar outras áreas da cidade ainda tranquilas, além de poder alugar o imóvel na região central para os comerciantes. E o eixo sudoeste se apresentava como principal tendência de crescimento em Goiânia. A região do Setor Pedro Ludovico próxima à Avenida 85 e ao Colégio Marista estava nesse caminho.
Mas naquela época, o Setor Marista ainda era um bairro em condições muito ruins. Mesmo sendo uma área habitada por pessoas da chamada classe A, no começo o Setor Marista padecia dos mesmos problemas que atingiam os bairros de Goiânia em seu duro começo. Azor Mendonça, que anos antes de estudar a cidade, foi aluno do colégio marista, de 1969 a 1974, se lembra que a paisagem urbana da cidade na época era muito diferente. Até 1969, o asfalto na Avenida 85 só ia até o cruzamento com a Rua 94. Só no ano seguinte o benefício alcançou a Praça do Ratinho. E que dali pra frente em direção ao sul, as construções não contavam meia dúzia.
Mas para uma elite que se deslocava do Centro para um bairro, que mesmo ainda sem estrutura, já se apresentava como um local para pessoas de mais alto poder aquisitivo, morar em um bairro com o estigma de invasão, de perigoso e violento, não