Resumo - selic e inflacao plataforma politica social

O texto fala basicamente sobre a taxa de juros básicos (SELIC), que isoladamente, é um instrumento pouco apropriado para combater a inflação. A SELIC atua somente na parcela do índice influenciada pelos juros. Porém, além da defasagem, sua abrangência é limitada e seus efeitos colaterais duradouros. Entre o período dos anos de 2009 a 2011 houve um aumento da taxa SELIC na tentativa de transformar a inflação para a meta, ou seja, foi necessário um aumento de 43% nos juros para garantir uma pequena queda percentual dos preços, com impactos nada comuns sobre a divida pública. Com isso vem a pergunta, este era realmente o instrumento mais adequado a ser utilizado naquele momento? Se faz cada vez mais necessária a discussão da eficácia da taxa de juros (SELIC) como instrumento de convergência da taxa de inflação em direção à meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, pois um único instrumento de política econômica parece não ter eficácia para influenciar todos os itens que compões a estrutura do índice. Esse regime de metas de inflação foi implantado em junho de 1999, visando à estabilidade de preços na economia, esse regime estabelece margens de tolerância para suportar choques não antecipados, sejam eles de demanda, ofertas ou variação cambial. O principal instrumento que o Banco Central utiliza para convergir a taxa de inflação para a meta tem sido a taxa de juros SELIC. Ao analisar o comportamento dos preços dos itens nos quais se divide o IPCA, observamos que o grupo alimentação é responsável por maior participação nos índices, esses produtos apresentam inelasticidade com relação à renda. De acordo com uma pesquisa feita de janeiro de 2008 a julho de 2012, o grupo alimentação apresentou taxa acumulada em 12 meses superior ao índice geral. Com isso, podemos concluir que parte expressiva do aumento do grupo alimentação pode ser atribuída à elevação do preço das commodities agrícolas ou mesmo a problemas da safra no Brasil, ou seja, com origem na