Resumo russeau: a origem da desigualdade entre os homens

Resumo
A Origem da desigualdade entre os Homens

Como Rousseau não só sugere, mas também indica no prefacio da obra, a desigualdade entre os homens começa com as primeiras formulações de sociedade, em um dado momento aonde os agrupamentos humanos já não tinham mais só características naturais, mas também sociais. Boa analogia feita a partir do Templo de Delfos que serve pra ilustrar uma máxima dos pensamentos sociológicos (o embrião deles, pode-se dizer) da época, que eu aqui transcrevo exatamente como se encontra esculpido no templo, na própria Grécia: “Te advirto, quem quer que sejas, oh tu! Que desejas sondar os mistérios da natureza. Como esperas encontrar outras excelências se ignoras as excelências de tua própria casa? Em ti está oculto o tesouro dos tesouros. Oh homem! Conhece-te a ti mesmo… e conhecerás o Universo e os deuses.”. Uma frase que consegue ser fatalmente real, ao pé de que não faz nenhuma menção doutrinante ao longo de sua rápida mensagem, uma mensagem altamente filosófica que nos instiga a pensar em nos mesmo e no conhecimento que conseguiremos obter se nos conhecermos melhor. No livro, Rousseau concebe duas chamadas “espécies” de desigualdades: uma que condiz com o ser natural (ou físico como ele mesmo gosta de retratar) e outra que representa o ser moral, ou politico. O natural consiste em diferir os humanos meramente pela biologia humana, como a idade, força física e por ai vai (e digamos que é de alguma forma justa, tendo em vista que tirando as mortes prematuras, todos podem vivenciar todas as partes do processo, ter a saúde boa quando jovem, e a vivacidade alavancada, que passa ao longo dos anos, sendo assim nos tirando da condição de vantagem na desigualdade natural e colocando-nos em desvantagem). A desigualdade moral por sua vez diz respeito a outro tipo de diferenciação humana (puramente injusta eu diria), que é a de certos elementos da sociedade que por algum motivo além de seu poder, ou graças a ele, gozam de privilégios