Resumo quixote menard
um comentário sobre “Pierre Menard, autor del Quijote”
Alexandre Silveira Campos* “Pierre Menard, autor del Quijote” é o terceiro conto do livro “Ficciones” que foi publicado por Jorge Luis Borges, em Buenos Aires, em 1944. Com esta obra Borges ganhou o “Grande Prêmio de Honra da Sociedade Argentina de Escritores” e nela estão alguns dos contos mais importantes de sua carreira literária, tais como, “La Biblioteca de Babel” e “El Jardín de Los Senderos que se Bifurcan”.
Jorge Luis Borges nasceu em Buenos Aires em 24 de agosto de 1899 e morreu em Genebra, em 1986. Viveu, desde pequeno, rodeado de livros. Mais tarde, em 1923, viajou para a Europa, onde entrou em contato com as vanguardas da época, a qual estética aderiu de imediato, especialmente ao chamado “ultraísmo”. Poeta, narrador e autor de ensaios originalíssimos, é mundialmente considerado, do mais vasto ao mais restrito cânone literário, um autor à estatura de Kafka, Proust ou Joyce.
Borges é um escritor de temas que por muitas vezes se repetem em seus contos e em seus poemas. São alguns assuntos ou algumas imagens que ele parece perseguir ou que, na verdade, parecem perseguir a ele. Os labirintos, as bibliotecas, o xadrez, a memória, as fábulas são exemplos destes demônios borgianos, que não estão completamente isolados entre si, e que podem sugerir certa coerência lógica - ou determinada loucura - na obra de Borges.
Mas Borges é antes de tudo um caçador de idéias. Uma de suas obras mais importantes “Ficciones” (BORGES, 1944), expõe uma questão, a principio, bastante clara: o autor destes contos é um historiador ou é um criador absolutamente original? Claro que não há resposta. Porque se foi um puro historiador quem escreveu, pesquisou ou escutou aqueles relatos então tais relatos não são contos, esta não é uma obra de literatura. Entretanto, se por outro lado, quem os escreveu inventou por completo os lugares, os personagens, as ações os tirando do vazio, ou antes, do