Resumo - psicologia da libertação
A) – DEFINIÇÃO: A Psicologia da Libertação (PsL) surge da necessidade de construir uma psicologia que esteja comprometida com a libertação dos povos latino-americanos, libertação das estruturas sociais opressoras, seguida da libertação pessoal. É caracterizada como uma Psicologia Social Crítica (Ibañez, 2005), pautada no materialismo e interacionismo dialético. Esta vertente posiciona-se na busca por dar resposta aos graves problemas de injustiça estrutural e desigualdades sociais, situando seu que-fazer a partir das circunstâncias concretas dos latino-americanos (Martín-Baró, 1996). A preocupação da PsL é um compromisso ético e político com as pessoas e as comunidades, uma atividade de transformação da realidade. Busca explorar novos horizontes, uma nova maneira de buscar conhecimento e uma nova maneira de agir.
B) – PRINCIPAIS CONCEITOS E SUAS DEFINIÇÕES: Perspectiva dialética: contra interpretações do comportamento humano que separam individuo e sociedade, e que alimentam explicações reducionistas que proporcionam reducionismos psicológicos ou sociológicos. A psicologia deve se aportar de um saber dialético, não só no sentido epistemológico, mas também no sentido ontológico. Pois a Psicologia deve atender as relações entre a estrutura psicológica e estrutura social, e vice-versa;
Compreensão da ação: O que caracteriza fundamentalmente o ser humano é a ação e não a conduta. Martín-Baró usa o conceito de “ação” no sentido weberiano, que significa conduta dotada de significação e sentido. Afirma que a noção de ação se põe em dois sentidos importantes, por um lado é o caráter propositivo da atividade humana, intencional e motivada e vinculada ao mesmo tempo por outro lado, às estruturas sociais de significado.
O significado como ideologia: Martín-Baró usa esse termo um pouco no sentido da sociologia funcionalista, que consiste num conjunto de ideias e valores que regulam a interação social em um dado sistema. E usa muito