Resumo – primeira dissertação do livro “genealogia da moral”, de nietzsche
O autor do livro considera os psicólogos ingleses que anteriormente tentaram decifrar a gênese da moral interessantes: todos eles tentam expor o “partie honteouse” (lado vergonhoso) do mundo humano interior. Critica-os denominando-os pessimistas, anticristãos, vulgares, antiplatonistas, etc. por se concentrarem tanto no próprio homem e seus “atos de reflexo, biológicos”.
Nietzsche critica o pensamento primeiramente histórico desses psicólogos que tentam justificar a origem do juízo de “bom” pelas ações não-egoístas e diz que os verdadeiros “bons” originais foram os “nobres e poderosos, superiores em posição e pensamento” em oposição a tudo que era baixo, vulgar e plebeu. Esses fizeram o uso da língua para apropriar-se dos conceitos do que era “bom”, e que nada têm a ver com atos não-egoístas, e sim com a moral de rebanho que predomina(va).
Adiante, realiza mais uma crítica aos psicólogos ingleses, afirmando que a suas teorias seriam “historicamente insustentáveis e possuem um contra-senso psicológico”, já que o significado, a causa dessas “boas ações” não seriam esquecidas, muito pelo contrário,estariam cada vez mais infiltradas na consciência humana, tal como a teoria de Herbert Spencer e sua teoria do útil-conveniente como “bom” e do inútil-inconveniente como “mau”.
O autor também apresenta o embasamento de sua própria teoria na etimologia das palavras “bom” e “ruim” nas mais diversas línguas representando o “nobre” e “simples”, respectivamente. Palavras, até recentemente, sem significado depreciativo, tendo este surgido com o preconceito para com descendências que se apresenta no mundo atual. Seguindo os rastros etimológicos das palavras, ele também associa o conceito de “espiritualmente nobre” às disputas das origens das raças celtas e arianas na Alemanha, ainda seguindo os rastros etimológicos das palavras.
Em seguida, apresenta a dicotomia sacerdotal: “bom” significando “puro” e