Resumo plantão psicológico e triagem: aproximações e distanciamentos
USP foi fundado em 1969, pelas mãos de Rachel Léa Rosenberg e Oswaldo de Barros Santos, tendo como objetivos a formação de psicólogos, a pesquisa e o atendimento à comunidade. Nasceu vinculado à Abordagem Centrada na Pessoa - dentro da chamada Terceira Força em relação ao Behaviorismo e à Psicanálise - desenvolvida por Carl Rogers, psicólogo americano.
A palavra aconselhamento, que compõe o nome desse serviço – e causa estranhamento e polêmica -, é uma tradução de counseling e permite várias interpretações. A mais comum delas, que circula no cotidiano de todos nós, é dar conselhos. Não é assim, no entanto, que compreendemos e exercitamos o aconselhamento.
Da maneira como compreendemos, o conselheiro é aquele que se oferece ao cliente para que, a partir da relação mantida entre eles, o indivíduo veja-se, ouça-se, compreenda suas vivências e faça escolhas para sua vida.
O plantão, como o concebemos no SAP, não se limita ao modelo mais tradicional de ter horário e pessoal disponível para receber as pessoas que nos procuram. Contamos com essa estrutura, mas não nos definimos por ela.
Estar de plantão é estar presente num determinado dia e hora, mas, sobretudo, é estar aberto e disponível para receber e escutar o outro que procura por ajuda psicológica. Compreendemos o plantão como uma modalidade de atendimento psicológico em que podemos facilitar o processo de compreensão do momento de vida em que o cliente se encontra e projetar seu cuidado. Trata-se de um atendimento com foco na experiência e não exclusivamente no problema do cliente, não cabendo ao plantonista avaliar, julgar ou decidir por ele.
A escuta é a principal oferta do facilitador. Ouvir a pessoa que traz um problema, como ela está, como lida com o que a incomoda, que alternativas está podendo vislumbrar ou não. É a partir dessa escuta que as intervenções do terapeuta são produzidas e comunicadas como a compreensão daquilo que