RESUMO: PLANO DE ENSINO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EM AÇÃO

FICHAMENTO

PLANO DE ENSINO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EM AÇÃO Leonardo José Jeber
Para este autor, uma educação contra-ideológica, autônoma e libertária precisaria começar por destruir o panorama, enquanto referencial balizador de subjetivação; por aí já vemos que a noção de escola libertária como aquela em que as crianças são deixadas à mercê de sua auto-organização, não passaria, realmente, de um tacanho liberalismo, pois, na ausência de referenciais colocados diretamente por meio da relação professor/aluno, o grande referencial, em última instancia, seria o da própria máquina social de produção, permanecendo como o horizonte para o processo de subjetivação.
Mas de onde partiria a ação desta escola libertária? Segundo o mesmo autor, o ponto de partida fundamental para a compreensão de uma proposta de educação libertária deve partir necessariamente da autoridade para fundar a liberdade, tanto individual como coletivamente. E com base em Hannah Arendt, na esfera pré-política da educação (da escola), a autoridade segue sendo legítima, porque apoiada na tradição das gerações mais velhas que têm a responsabilidade pelo mundo que apresentam às novas gerações.
Gallo cita Bakunin: o objeto final da educação não deveria ser outro que não o de formar homens livres e cheios de respeito e de amor pela liberdade alheia.
Para Bakunin, há diferença entre uma educação libertária e uma educação libertina. Para o anarquista russo, a aplicação do princípio de autoridade nas crianças, mais do que justo, é absolutamente necessário e legítimo. Deixar as crianças à mercê de uma suposta liberdade natural é a mais pura irresponsabilidade pedagógica; longe de constituir-se numa educação libertária, seria essa uma educação libertina.
Continuando nesta reflexão, o