Resumo Perca Tempo
Ana Beatriz Beraldo Costa Vieira
RA: 14014336
Resumo
Perca Tempo, é no lento que a vida acontece
Ciro Marcondes Filho
Nossa vida cotidiana marcada por pressa adaptada ao ritmo da concorrência gera reações inesperadas e arrasadoras. Começamos a nos tornar máquinas neuróticas em doses regulares, devidamente administradas pela nossa cultura.
O desenvolvimento de nossa vida pode ser visto numa correspondência direta com a história de nossa própria civilização. Com o desenvolvimento da tecnologia passamos a organizar nossa vida e otimizar nosso tempo.
Tudo isso começou quando os homens passaram a se guiar pelo cronômetro. Na Antiguidade, os homens e as mulheres não estavam preocupados com os minutos e os segundos. Eles organizavam seu cotidiano segundo a lógica da natureza. Essa sincronia com a natureza e seu movimento de plantio, colheita e replantio marcava uma certa lentidão da vida social, um ritmo compassado repetitivo e que sugeria e idéia do eterno.
A religiosidade também colaborou para que a humanidade sustentasse a idéia da vida eterna, de que essa vida na Terra é somente uma passagem.
Toda a sociedade passou por uma violenta transformação quando o homem inventou o cronômetro. Essa descoberta marca o domínio do tempo abstrato sobre o tempo concreto da experiência. O tempo abstrato caracteriza-se pelo tempo do relógio que é igual para todos, enquanto o tempo concreto não dá para medir, é uma sensação individual.
O tempo passa a ser contado, cronometrado. O trabalho humano passa então a ter que funcionar como o de uma máquina. Aqui começamos a nos tornar seres maquínicos.
Individualmente, cada um aprendeu na escola, por meio da competição, da pressa, da cobrança por rendimento, desde pequeno, a se comportar como uma pequena máquina de produção. Aprendemos as ciências, as línguas, o conhecimento histórico e geográfico. É na escola que começa a longa introdução dos pequenos seres ao