Resumo- Paris no século das luzes
Social
VIDA FAMILIAR Paris no século XVIII era uma efervescência migratória, que consistia, principalmente, na migração de pessoas mais pobres e instáveis, como por exemplo, os trabalhadores braçais. As famílias, normalmente, eram separadas e os filhos ficavam com mulheres chamadas nutrizes, que os criavam sem que os pais tivessem contato com eles. Quando os membros dessas famílias chegavam na cidade, eles tentavam trazer os parentes para perto deles, mas acabavam sendo consumidos pelas dificuldades e realidade da cidade grande. As condições nas quais essas famílias viviam eram muito precárias e difíceis e os espaços sociais nos quais estas habitavam acabavam gerando um estereótipo que era conferido a elas. Estas famílias, chamadas famílias populares, não correspondem a nossa concepção atual de família, porque elas costumavam ser incompletas; porém, elas eram sempre presentes na realidade parisiense, além de viverem sempre vigiadas e dependentes de diversas redes sociais. A honra era um bem essencial para essas famílias e estas a defendiam de toda forma, até desprezavam e condenavam um parente se este tivesse ferido a ferido, a fim de recuperar a estima aos olhos dos outros.
VIDA NO PRÉDIO
A composição da vida sócio-profissional no Antigo Regime sofre grande influência da imigração rural, fazendo com que as camadas desfavorecidas se formassem a partir desse êxodo.
Nesse contexto, a vida em conjunto, ou seja, no âmbito da moradia se encontrava em condições precárias: várias famílias habitando os mesmos cômodo, dividindo o mesmo pátio para fins sanitários, de convivência e de atividades domésticas, e todos sabendo sobre a vida uns dos outros.
Analogamente, pode-se dizer que a vida no prédio da Paris do Antigo Regime se assemelha muito à vida no cortiço, característica marcante da realidade brasileira urbana do século XIX. O bairro francês vive ao ritmo da vigilância de uns sobre os outros, assim a vida