Resumo P3

Resumo.

O processo de beneficiamento das matérias-primas destinado às cerâmicas tradicionais e as cerâmicas avançadas é diferente. Uma mesma propriedade pode estar presente tanto nas cerâmicas tradicionais como nas cerâmicas avançadas, a diferença é que nas cerâmicas avançadas ocorre um maior controle de tais propriedades. As cerâmicas avançadas resultam de processos de transformação altamente controlados de matérias-primas sintéticas que possuem elevado nível de garantia em termos de qualidade e são fornecidas prontas para o uso. São formadas por compostos puros ou quase puros, sendo esses óxidos, carbetos, boretos e nitretos. As cerâmicas tradicionais resultam de processos de transformação que apresentam um menos controle dos parâmetros operacionais, utilizando matérias-primas naturais beneficiadas ou não. São compostas de sílica, argila e feldspato. A argila confere deformação plástica e resistência mecânica do “corpo a verde”. A sílica não possui plasticidade, mas confere ao material resistência mecânica e refratariedade. O feldspato que tem baixo ponto de fusão serve para impedir que a peça desmonte no processo de tratamento térmico fundindo e reagindo com as partículas de sílica e alumina. Essa fusão do feldspato forma um fluido que agrega as partículas refratárias e preenche alguns espaços. As aplicações das cerâmicas avançadas são mais nobres que as aplicações das cerâmicas tradicionais, sendo esse o motivo de um processamento mais rigoroso quanto às especificações.

Grande parte das cerâmicas, seja tradicional ou avançada, tem o processamento que parte do pó. No caso da cerâmica tradicional, após a mineração, os materiais devem ser beneficiados, ou seja, devem ser desagregados, classificados de acordo com a granulometria e podem passar por um processo de purificação. A etapa de beneficiamento de matérias-primas é de vital importância para o processamento cerâmico, as propriedades controladas e modificadas durante essa parte influenciarão