Resumo Outono da Idade Média
Biografia do autor:
Nascido em Groningen, Johan começou como um estudante de línguas indo-germânicas até ganhar seu diploma em 1895. Estudou linguística comparativa, ganhando um bom domínio do sânscrito. Escreveu sua tese de doutorado sobre o papel do bobo da corte no drama indiano em 1897. Em 1902 passou a se interessar por história medieval e renascentista, porém continuou a ensinar como um orientalista até que ele se tornou um professor de História Geral e holandeses da Universidade de Groningen em 1905. Em 1915, foi nomeado Professor de História Geral em Leiden University, cargo que ocupou até 1942. Em 1942, falou criticamente de ocupantes alemães de seu país, comentários que foram consistentes com seus escritos sobre o fascismo na década de 1930. A partir de então até sua morte, ele foi mantido em detenção pelos nazistas. Morreu em De Steeg em Gelderland, perto de Arnhem, apenas algumas semanas antes de o regime nazista terminar.
Resenha:
A obra em questão abre com um capítulo sobre a “veemência da vida”. Vida. Talvez essa seja a palavra mais empregada por Huizinga, mesmo quando trata, por exemplo, dos rituais de morte e do imaginário fúnebre. Isso não se dá por acaso. Justamente porque ele se valia da história para fazer uma microscopia da vida. Nada em Huizinga é estático. O que o filósofo alemão Dilthey fez em filosofia Huizinga realizou na historiografia. Ou seja: uma abordagem dinâmica, vitalista e compreensiva dos temas tratados. Como nos lembra Carpeaux, na obra significativamente chamada Nas Sombras de Amanhã, edição de Leiden, 1935, leem-se na epígrafe as palavras de Santo Agostinho: “Este mundo tem as suas noites, e não são poucas”. A obra é quase um panfleto contra a platitude e a brutalização da vida das primeiras décadas do século 20, além de uma crítica às teorias eugênicas em expansão e aos regimes totalitários de todos os quadrantes. Foi assim que Huzinga também viveu o seu outono.
Também ele teve a