Resumo os sertões
Nessa descrição, Euclides da Cunha estuda de maneira detalhada o meio que determinou a formação do homem sertanejo. Isso serve de ratificação da teoria determinista, muito em voga na época, que postulava a determinação do meio sobre o homem.
O HOMEM – Partindo de uma análise da gênese antropológica das raças formadoras do homem brasileiro, o narrador decreta a impossibilidade de unidade racial, ou seja, no Brasil seria impossível termos uma raça homogênea.
Porém, devido ao isolamento dos paulistas desbravadores que se tornaram vaqueiros do São Francisco, pode-se dizer que se criou nesse povo certa homogeneidade.
O narrador discorre, também, sobre as tradições sertanejas dos vaqueiros, descrevendo com minúcias seu modo de vida.
Em virtude de fazer parte de uma família cearense que se envolvera em querelas na região, além de ter perdido sua mulher para um policial, Antônio Conselheiro embrenhou-se pelo sertão sem rumo certo, peregrinando pelas cidades. Ele tinha uma imagem messiânica, profética: trajava roupão azul, com uma cabeleira por cortar e desgrenhada, carregando um bastão. Essa imagem favoreceu sua associação com uma figura mística, que serviu como uma luva para o povo fanático e desvalido.
A LUTA – O conflito de Canudos surgiu de uma pequena desavença local. Antônio Conselheiro havia encomendado e pago um lote de madeiras para a construção de uma igreja no arraial de Canudos.
Como o lote não foi entregue, houve uma ameaça de ataque à cidade de Juazeiro. O juiz da região pediu ajuda ao governador da Bahia, que, não conseguindo resolver a situação, solicitou a presença das tropas federais. Antônio