Resumo Os clássicos da política
Maquiavel (sec XVI)
Apesar da carga pejorativa do termo “maquiavélico”, como imoral, sem escrúpulos, mau, existe outra interpretação, a de que Maquiavel discorreu sobre a liberdade, ao oferecer preciosos conselhos para a sua conquista ou salvaguarda.
Rosseau: “Maquiavel, fingindo dar lições ao príncipe, deu grandes lições ao povo”.
Maquiavel – Realista. Italiano. Vivia num cenário conturbado, no qual a maior parte dos governantes não conseguia se manter no poder por um período superior a 2 meses. A Itália estava ainda desunificada, e era vítima de constantes invasões das nações vizinhas: França e Espanha.
Se perguntava: Como fazer reinar a ordem, como instaurar um Estado estável?
Ruptura com os antigos filósofos ao fazer uma indagação radical e uma nova articulação sobre o pensar e fazer política, que põe fim à ideia de ordem natural e eterna.
A política é regida por elementos distintos dos que norteiam a vida privada.
A política não leva ao céu, mas sua ausência é o pior dos infernos.
Maquiavel vê o estudo do passado como meio de prever acontecimentos, pois existem traços humanos imutáveis.
A história é cíclica, repete-se indefinidamente. O que pode variar são os tempos de duração das formas de convívio entre os homens.
O poder político nasce da própria malignidade que é intrínseca à natureza humana. O poder aparece como única forma de enfrentar o conflito. Porém, não há garantias da permanência da “domesticação”.
Anarquia X Principado e Republica
Além da desordem proveniente da imutável natureza humana, Maquiavel aponta outro fator: o embate entre uma força que quer dominar, e outra que não quer ser dominada.
Solução:
Principado – Quando a nação encontra-se ameaçada de deterioração é necessário um governo forte. O príncipe não é um ditador, é mais propriamente um fundador do Estado, um agente de transição numa fase em que a nação se acha ameaçada de decomposição.
República – Quando a sociedade já encontrou o equilíbrio,