Resumo Oralidade e Escrita - Marcuschi
A língua está num processo contínuo de construção e reconstrução; seja na modalidade falada ou escrita, reflete, em boa medida, a organização da sociedade. Tanto é que não há uma única existente sem língua.
Já a linguagem é um sistema em constante mudança, o qual faz uma abordagem dos usos oral e escrito da mesma como prática de letramento, que é o resultado da ação de ensinar ou aprender a ler e escrever. Também atrelado estão as práticas sociais, vivências de leitura e de escrita do indivíduo – podendo saber inseri-las no contextos de maneira adequada.
Segundo Marcuschi, a linguagem se configura na prática social como forma de expressão e seria possível definir o homem como um ser que fala, mas não como um ser que escreve.
As relações entre fala e escrita dizem respeito a questões do uso da língua, sendo a segunda um ato posterior ao da primeira. Inclusive, houve uma época em que o ato de falar era bem mais importante do que escrever bem, pois a esta servia apenas para registrar os acontecimentos históricos.
Contudo, a escrita em conjunto com a oralidade é usada nos diferentes contextos básicos da vida e permeia, hoje, quase todas as práticas sociais dos povos em que foi inserida. Com ela criaram-se novas formas de expressão e deu-se o surgimento das formas literárias. Além do mais, é considerada um bem social indispensável para o nosso cotidiano, sendo tratada como algo superior.
As ênfases e os objetivos do uso da escrita são variados e diversos. Entretanto, há uma visão que roga para a fala uma menor complexidade e para a escrita uma maior. Para alguns autores a última representa um avanço na capacidade cognitiva dos indivíduos.
A posição de Marcuschi é a de que a fala e a escrita não são propriamente dois dialetos, mas sim duas modalidades de uso da língua, de maneira que o