Resumo Nogueira e Messari
No surgimento da teoria realista os autores buscaram nos pensadores Hobbes, Maquiavel e Tucídides os argumentos necessários para que esta ideia fosse legitimada e tornada autônoma com base nos pensamentos de sobrevivência, auto-ajuda, poder e o estado de natureza. A guerra, assunto tratado por Tucídides, é parte central da teoria realista onde o medo da não sobrevivência devido a ameaça de um Estado de maior poder existir faz com que haja engajamento de diversos outros Estados a essas guerras buscando a manutenção de sua existência. A partir desta afirmação de constante tensão entre os Estados e aprimorada pela visão de Hobbes sobre o estado de natureza surge o conceito de anarquia internacional onde a ausência de um poder soberano central no âmbito internacional que busque a sobrevivência de todos os atores, contribuição essa atribuída a Tucídides. Maquiavel serviu de inspiração para os pensadores internacionalistas afirmarem que para a sobrevivência de um Estado é necessário que haja a balança de poder, o poder em si e alianças buscando a manutenção da segurança. Assim como Maquiavel também propôs que a moralidade dos homens não poderia afetar as ações do Estado e os estudiosos a caracterizaram como desprovida de caráter moral ou ético. Dentre as premissas da teoria realista a principal delas é a ideia de centralidade do Estado onde o este é o ator principal no cenário internacional. Como características principais o Estado tem como dever defender suas fronteiras e garantir a segurança de seus cidadãos contra ameaças externas. Porém os estudiosos caracterizam o Estado como uma caixa preta onde o que acontece dentro desse não interfere nas ações externas e que o Estado age apenas, de maneira uniforme e homogênea, pelo bem-estar da população. O poder é um elemento central para os estudiosos das teorias realistas. As várias definições de poder expõem a soma das capacidades do Estado em termos políticos, militares, econômicos e tecnológicos e os