Resumo - morfologia do sítio Urbano
As cidades são criadas a partir dos sítios urbanos, o que requer manter um equilíbrio entre o que os seres humanos precisam deste sítio para morar com conforto, e o que a natureza nos permite modificar dentro dele. Quanto mais conseguimos atingir este equilíbrio, maior será a sustentabilidade que teremos neste sítio.
Para isso, o ideal é escolher os sítios com menos problemas a serem resolvidos e escolher a tecnologia e desenho mais adequados para resolver tais problemas, pois não existirá um sítio perfeito, sempre terá algo a ser corrigido com alguma técnica e/ou desenho correspondentes.
As ladeiras e os morros são estáveis em determinadas condições, porém ao na maioria dos casos esta estabilidade se dá pela presença da vegetação de mata nativa, que ao ser retirada, tira toda a estabilidade desta região.
Ideologicamente falando, o sítio deve ter uma suave declividade de 2% a 8%, que faz com que as redes de água, esgoto cloacal e drenagem pluvial funcionem em boas condições. As declividades maiores entre 15% e 30%, têm a possibilidade de uso, porém quanto maior, mais instável será a região.
Os sítios cobertos de vegetação nativa apresentam estabilidade com inclinações de até 30%. O solo composto de uma camada orgânica que absorve água em períodos chuvosos, dando-se um efeito duplo, desfavorável à estabilidade, pois a absorção da água faz com que o peso da camada aumente e com a diminuição da coesão das partículas, o ângulo de deslizamento por corte diminua. Um talude será estável durante anos, porém depois de um tempo de chuvas intensas pode desabar mesmo com uma inclinação de 30%.
Todo sítio com declividade é considerado potencialmente instável, principalmente aqueles que tiveram a cobertura vegetal nativa retirada. Para sua ocupação, devemos utilizar as três regras básicas que são: fazer terraços ou patamares mais estreitos possíveis e acompanhando ao máximo as curvas de nível; a construção de