RESUMO: MODERNIDADE PRAGMÁTICA (1922 - 1943) e DESARTICULAÇÃO E REARTICULAÇÃO? (1980-1990)
Neste capítulo é abordado a uma certa modernidade do Brasil na segunda década de 20.
São Paulo, na década de 1910, já se gabaritava como a grande metrópole brasileira do século XX. Era um ambiente provinciano, mas a elite urbana espelhava-se nos centros irradiadores de cultura fora do país.
Entre os historiadores é consensual, que o marco inicial do movimento moderno no Brasil aconteceu em São Paulo, em dezembro de 1917: a exposição de pinturas de Anita Malfatti. A jovem artista não pretendia deflagrar nenhum movimento, mas a reação negativa, sobretudo a de Monteiro Lobato, provocada pelas suas pinturas sem nenhuma relação com o academicismo e o naturalismo vigentes chamou a atenção de jovens intelectuais que se solidarizavam com a pintora.Poetas, jornalistas e artistas reuniram-se em torno de um debate: o caráter conservador, “passadista” do meio artístico. Articulava-se o primeiro grupo modernista brasileiro.
A primeira manifestação do grupo acontece em fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo. Periodiza-se como um primeiro momento do modernismo brasileiro os anos 1917-1924: uma fase iconoclasta, em que o moderniza dor era permeado pela polêmica dos modernistas contra os valores passadistas, acadêmicos. A preocupação era opor-se ao passadismo. Era a busca da atualização estética sem a orientação de correntes específicas.
Entre 1924 e 1929, acontece uma segunda fase. O escritor e jornalista Oswald de Andrade publicava o Manifesto Pau-Brasil, introduzindo uma problemática até então inédita: o nacionalismo. O modernismo passa a adotar como primordial a questão da elaboração de uma cultura nacional: a qualidade da obra de arte não reside mais no seu caráter de renovação formal. Ela deve, antes, refletir o país em que foi criada.
Modernidade e tradição era uma pendência sobretudo nos meios literários. Modernidade espelhada nas vanguardas europeias, por quanto, no âmbito da arquitetura, o conceito de