Resumo Milagre Brasileiro
Para os economistas estruturalistas, a postura econômica adotada pelo Brasil, baseada na exportação de produtos primários e a estrutura fundiária colocava-o como economia periférica. Para estes teóricos, o crescimento industrial do país depois de 1930 aconteceu pela falta de poder de importação do país frente a desvalorização de suas importações.
Para promover a indústria brasileira, apesar de outros caminhos terem surgido como opções – mas logo perdendo força entre os estudiosos -, seria preciso que houvesse investimentos estatais para que exercessem uma demanda autônoma capaz de compensar a redução do impulso gerado pela substituição de produtos importados, além de criar mecanismos para superar a deficiência da demanda interna, como uma reforma agrária que contribuísse para a diversificação do consumo doméstico e melhor distribuição de renda. Este conjunto de ações passou a ser chamado de reformas de base.
Por outro lado, os economistas liberais eram contra a intervenção estatal, pois acreditavam que ela contribuía para o populismo econômico, gerando pressões inflacionárias, gastos acima do que o Estado poderia custear e desequilíbrio entre os crescimentos salariais e de produtividade. Para os liberais, o crescimento econômico viria como resultado da resposta da iniciativa privada às condições econômicas favoráveis. Com o Golpe Militar de 1964, a tese liberal foi adotada como estratégia econômica, caminhando para reformas conservadoras que criariam bases para um novo modelo de crescimento no país.
A equipe econômica nomeada por Castelo Branco, portanto, tomou sua primeira atitude estratégica com a divulgação do